Pages

terça-feira, 10 de março de 2015

Como Marx, Durkheim e Weber interpretam a Modernização das Sociedades Ocidentais.


COMO MARX, DURKHEIM E WEBER  INTERPRETAM A MODERNIZAÇÃO DAS SOCIEDADES OCIDENTAIS.

Karl Marx, por meio de seu precioso estudo, nos faz perceber a maneira opressora como o sistema capitalista se impõe sobre a classe operária, utilizando-se do exército de reserva (mão de obra disponível) para atingirem seus objetivos cada vez mais gananciosos, tendo o ser humano como um produto descartável qualquer.
Nesse contexto, Karl Marx, interpreta a modernização das sociedades ocidentais como uma mercantilização da sociedade, transformando sua força de trabalho em mercadoria, mercadoria esta, descartável, que a qualquer momento pode ser substituída por essa sociedade que Marx chamou de “Estado burguês”, ao qual, o excedente da produção imposta era e continua sendo distribuída de forma desigual apenas entre uma minoria de burgueses privilegiados. Marx também definiu esse excedente como “mais-valia”.
Segundo Musse, na descrição de Marx, a ‘moderna sociedade burguesa não aboliu os antagonismos de classe’, “mas antes colocou novas classes, novas condições de opressão, novas formas e estruturas de luta, sintetizadas no conflito entre burguesia e proletariado.”
Sendo assim, Marx sugere que para resolver esse problema é necessário que haja uma luta de classes por meio de uma revolução social, que em sua visão, se atenderia as pessoas segundo suas capacidades e necessidades, formando, portanto, uma sociedade mais justa e igualitária.
Durkheim defendia a solidariedade, que segundo ele, era o “mecanismo através do qual as sociedades se reproduziam e se mantinham coesa”. O autor interpreta a modernização das sociedades ocidentais de maneira a definir existentes dois tipos de sociedades: a mecânica e a orgânica. Onde a primeira (mecânica), seriam as sociedades mais simples como um mecanismo, ou seja, uma sociedade carente de desenvolvimento, tanto humano quanto tecnológico, reforçando o espírito de solidariedade entre os grupos pertencentes a essa sociedade. Enquanto que a segunda (orgânica) seriam as sociedades mais complexas, como o organismo. Ou seja, um tipo de sociedade farta de recursos tanto tecnológico como humano, no que diz respeito a profissionais capacitados e cada vez mais especializados fortalecendo a divisão de trabalho e a dependência entre esses profissionais para atingirem seus objetivos tanto individuais como social. Enfatizando a importância da sociologia na modernização das sociedades ocidentais, Massela, ratifica que a “sociologia, devidamente aplicada, identificará quais valores e ideais estão em harmonia com as tendências gerais da evolução social e quais são estranhos ou contrariam tal evolução.” E, ainda, salienta que Durkheim entende que a “sociedade moderna é permeada por conflitos e que o conflito entre capital e trabalho é um dos mais ameaçadores à ordem social.”
Portanto, para Durkheim, em outras palavras, há uma disputa de poder entre os membros dessa sociedade, nesse caso, quem ocuparia a função mais importante, ou quem faria o que?
Max Weber, também interpretou a modernização das sociedades ocidentais de maneira a enfatizar que tais sociedades especificamente no que se refere às capitalistas, estavam fortemente baseadas na busca incessante pelo lucro e acumulação de capitais, utilizando-se para tanto da racionalização por meio da calculabilidade precisa dos seus fatores técnicos, buscando-se uma maximização dos resultados envolvendo nesse processo todas as esferas sociais: política, economia, ciência etc.
Nesse contexto, Amorim nos dá um bom exemplo dessa racionalização defendida por Weber na interpretação das sociedades ocidentais citando as ideias de Calvino pelas quais o ser humano só alcançaria a salvação se fosse capaz de acumular riquezas, favorecendo, portanto, o surgimento do sistema capitalista científico e técnico. 

Fontes:
http://dc125.4shared.com/doc/7erHgVmW/preview.html (Acesso: 10/12/2014)
http://revistacult.uol.com.br/home/2011/01/durkheim-e-a-vida-social-como-essencialmente-moral/ (Acesso: 10/12/2014)
http://revistacult.uol.com.br/home/2011/01/marx-e-a-sociologia/ (Acesso: 10/12/2014) 
 

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Aspectos da religião islâmica com a cristã


Os aspectos da religião islâmica com a cristã são muitos parecidos. Visto que ambos acreditam no paraíso e no inferno, ou seja, na vida após a morte. Acreditam nos anjos e nos profetas. Para os mulçumanos o livro sagrado é o Alcorão, enquanto para os cristão é a Bíblia Sagrada, ambos contendo os ensinamentos divinos. Suas diferenças encontram-se na forma de ver o Deus único e verdadeiro. Para os mulçumanos Jesus Cristo é apenas um profeta, enquanto para os cristãos é o filho de Deus que se torna o próprio Deus na Santíssima Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo. Para os mulçumanos o Deus verdadeiro é Alá, e, para os cristãos é Javé.

No que se referem aos princípios (pilares) do Islamismo, cinco são de fundamental importância para os mulçumanos: 
  • Professar e aceitar o credo (Chahada ou Shahada);
  • Orar cinco vezes ao longo do dia (Salá, Salat ou Salah);
  • Pagar dádivas rituais (Zakat ou Zakah);
  • Observar as obrigações do Ramadão (Saum ou Siyam);
  • Fazer a peregrinação a Meca (Hajj ou Haj).

Para entender melhor os principais pilares do Islamismo os especialistas no assunto nos explicam que:

1) o credo (chahada)

Segundo a tradição o credo islâmico conhecido por chahada é a chave de entrada no islamismo. Ao professar  em árabe que há somente um Deus, Alá e que Maomé é seu profeta, a pessoa se torna muçulmana. Confirmando essa crença, a pessoa aceita que a primeira parte diz respeito à unicidade de Deus, cerne da crença islâmica, e, a segunda  Maomé como profeta de Deus, e que suas mensagens são verdadeiras.

“A chahada está escrita nas paredes das mesquitas (templos islâmicos), é recitada várias vezes por dia pelos muçulmanos, é proclamada do alto dos minaretes (torres das mesquitas) e é a primeira coisa que o muçulmano ouve ao nascer e também a última quando está morrendo.”

2) a oração (salat)

Segundo estudiosos, as orações devem ser praticadas diariamente por todo mulçumano adulto, com exceção das mulheres durante o período menstrual e logo após o parto. São cinco as orações obrigatórias no islamismo:

  1. farj: a oração da alvorada. Pode ser feita do momento em que aparecem os primeiros raios de sol até o seu nascer completo.
  2. dhuhr: a oração do meio-dia. Pode ser feita do momento em que o sol atinge o seu ponto máximo até o início do horário da próxima oração.
  3. asr: a oração da tarde. Pode ser feita do momento em que a sombra de um objeto fica do mesmo tamanho deste até o início do horário da próxima oração.
  4. maghrib: a oração do pôr do sol. Pode ser feita a partir do momento em que o sol fica abaixo da linha do horizonte até o início do horário da próxima oração.
  5. ishaa: a oração da noite. Pode ser feita do momento em que o sol se pôs totalmente até o início da oração da alvorada.

Conforme a tradição, como a prática das orações são de suma importância para os mulçumanos, uma pessoa, o muezim, se colocava no alto das torres das mesquitas (os minaretes) e se punha a chamar os fiéis. Com o advento da tecnologia, o muezim costuma ser substituído por uma gravação. As orações seguem textos e gestos padronizados. Buscam uma comunhão pessoal com Deus, louvando-O e agradecendo-Lhe. Antes das orações, o fiel deve estar puro, ou seja, de corpo limpo. Visto que, para os mulçumanos, funções corporais como o sexo, a urinação ou a defecação tornam o homem impuro, por isso deve se lavar com água ou, na falta desta, terra limpa. Para facilitar a vida do mulçumano, visto essa necessidade, próximo às mesquitas, é comum haver fontes de água especialmente para esta finalidade. A oração pode ser feita em qualquer lugar que esteja limpo. Por isso, os fiéis devem retirar os sapatos ao entrar em uma mesquita. Para a prática da oração é comum o uso de tapetes e é necessário que ela seja feita na direção da cidade sagrada de Meca, onde Maomé teria recebido a revelação divina, e onde se encontra a Caaba, a construção sagrada do islamismo. Nas mesquitas, um nicho na parede, o mihrab, marca essa direção.

3) a caridade (zakat)

Conforme relatos, o muçulmano é obrigado a praticar a caridade, ajudando os mais pobres. Além de reduzir as desigualdades sociais, a caridade também serve para purificar o crente de seu egoísmo.

4) o jejum (sawm)

Para os mulçumanos, durante o mês sagrado do ramadã (o nono mês do calendário muçulmano, mês no qual Maomé teria recebido de Deus o livro sagrado Alcorão), os mesmos, devem se abster de sexo, fumo, comida e bebida, do nascer ao pôr do sol. Essa abstinência tem a finalidade de purificação de eventuais excessos cometidos. Além de tornar os muçulmanos mais sensíveis à fome, sede e sofrimento alheios. À noite, os muçulmanos celebram um jantar em família, o iftar. Ao final do ramadã, ocorre uma grande festa, o id al-fitr. O muçulmano também é proibido permanentemente de comer determinados tipos de alimento, como bebidas alcoólicas, carne de porco, cobra, cachorro, barata ou o sangue dos animais. Ao alimento permitido pela religião islâmica é dado o nome de halal.

5) a peregrinação (hadj)

É obrigatório que todo muçulmano, ao menos uma vez na vida, peregrine a Meca. Tal obrigação somente deixa de existir quando o crente não tem condições econômicas ou físicas para realizar a viagem.

Religião Islâmica

Segundo pesquisas, o Islamismo é a segunda maior religião do mundo e vem crescendo assustadoramente, reunindo, hoje, entre 1,5 a 1,8 bilhão de crentes. É uma religião monoteísta, ou seja, acredita na existência de um único Deus e é guiada pelos preceitos de um homem conhecido por Maomé, que afirma ter recebido revelações do arcanjo Gabriel da existência de um Deus único.

Apesar de o Islamismo possuir grande variedade de culturas, línguas, história e origem étnica, os mulçumanos seguem o mesmo credo e pilares da fé. E, segundo eles, para obter a salvação basta seguir os cinco pilares.

O livro sagrado do Islamismo é o alcorão onde reúne a coletânea das revelações divinas recebidas por Maomé de 610 a 632 e seus principais ensinamentos são a onipotência de Deus e a necessidade de bondade, generosidade e justiça nas relações entre os seres humanos. No entanto, é sabido, que os mesmos, defendem a crença de que quem não acredita em seu Deus (Alá), são seus inimigos, são impuros e, caso seja necessário, declare-se a chamada “guerra santa”.

Cristianismo
            Conforme pesquisas, o cristianismo é a maior religião do mundo, com aproximadamente 2,1 bilhões de adeptos e tem sua base nos ensinamentos de Jesus de Nazaré, considerado pelos cristãos o filho do Deus único e verdadeiro, que veio ao mundo para a salvação da humanidade. O cristianismo, pelo que se sabe, é uma religião abraâmica, da mesma forma que o Islamismo e o Judaísmo. O livro sagrado dos cristãos é a Bíblia Sagrada, composta pelo Antigo e pelo Novo testamento, onde, a primeira parte – Antigo Testamento – conta a história da criação do mundo, das leis, tradições judaicas, etc. Já o Novo Testamento conta a vida de Jesus e seus ensinamentos para se alcançar a salvação.

            Segundo estudiosos do assunto, existem três ramos do Cristianismo: Protestantismo, Catolicismo e Igreja Ortodoxa. Mesmo existindo diferentes concepções e aspectos em relação a cada um deles os adeptos ao cristianismo creem na existência de um verdadeiro Deus, criador do universo e em Jesus Cristo redentor da humanidade e da vida após a morte.

A maioria das denominações cristãs, sobretudo os católicos, professa a crença na Santíssima Trindade, ou seja, que Deus é um ser eterno e que existe como três pessoas eternas, distintas e indivisíveis: o Pai, o Filho e o Espírito Santo, diferentemente do monoteísmo judaico crendo apenas num único Deus que viria na forma de homem sendo este o Messias "Deus em forma humana". Existem ainda outras denominações que segundo suas crenças existem apenas duas pessoas da Divindade o Pai que deve ser adorado e o Filho que não tem nenhum direito na Divindade em adoração.

A Igreja Católica tornou o “Credo de Nicéia” o credo universal da Cristandade no Concílio de Éfeso de 431.   

As crenças principais declaradas no Credo de Niceia são:

*  A crença na Trindade;

*  Jesus foi simultaneamente divino e humano;

*  A salvação é possível através da pessoa, vida e obra de Jesus;

*  Jesus Cristo foi concebido de forma virginal, foi crucificado, ressuscitou, ascendeu ao céu e virá de novo a Terra;

*  A remissão dos pecados é possível através do baptismo (br-batismo);

*  Os mortos ressuscitarão.

Em algumas religiões cristãs professam-se determinados escritos, além dos que fazem parte da Bíblia Sagrada, sendo divinamente inspirados. É o caso dos membros da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias que atribuem a três livros a qualidade de terem sido inspirados por Deus; esses livros são o Livro de Mórmon, a Doutrina e Convénios e a Pérola de Grande Valor. Nessa linha de raciocínio, para os Adventistas do Sétimo Dia os escritos de Ellen G. White são uma manifestação profética que, contudo não se encontra ao mesmo nível que a Bíblia.


FONTES:



http://www.brasilescola.com/religiao/cristianismo.htm


http://pt.wikipedia.org/wiki/Cinco_pilares_do_Islamismo

http://pt.wikibooks.org/wiki/Islamismo/Os_cinco_pilares

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Getúlio Vargas - 1951-1954



D’ARAUJO, Maria Celina. O Segundo Governo de Vargas 1951-1954: democracia, partidos e crise política. 2. ed. São Paulo: Ática, 1992. 206 p. (Série Fundamentos; 90)
Resenhado por Mailson Pedro Português

            Lamentavelmente, quando se refere a estudos de governos da década de 50 do século XX, como afirmou D’Araujo, estudos mais sistemáticos a cerca dos Governos Dutra (1946-50) e Vargas (1951-54), são precários. Já em relação ao período Kubtschek, segundo a autora, foram elaboradas algumas pesquisas.
            No que se refere ao governo de Vargas, conforme a autora, das informações existentes da época, “[...] depreende-se que as versões mais correntes costumam dividir o período constitucional de Vargas em dois momentos distintos: o primeiro iria de 1951 até meados de 1953, e seria marcado por uma política de conciliação com os setores conservadores, [...] esse primeiro momento do Governo estaria configurado por conflitos internos aos setores dominantes, pela aliança com os setores médios e por um acomodamento das massas frente ao governo. A partir de 1953, com o recrudescimento do movimento de massas, alteram-se a aliança de classes e a política de conciliação do Governo. Esse segundo momento seria marcado por uma orientação mais trabalhista, voltada para os interesses populares, em detrimento da conciliação com os setores conservadores.” p.21
Pelas informações da época, percebe-se que o Governo de Vargas tentava agradar os dois lados: o da burguesia e o da classe operária. Provocando assim, conflitos em seu governo. Mesmo diante desses conflitos, o fato de Getúlio Vargas possuir uma maleabilidade entre os partidos e a estratégia de alianças tácitas entre as correntes civis e militares, bem como a declaração favorável a um maior controle na produção do petróleo, ganha adesões no Clube Militar e no seio do eleitorado, levando-o, portanto, à vitória eleitoral. Porém, devido ao jogo de interesses e ganância pelo poder, sobretudo pela escolha de João Neves da Fontoura para o Ministério do Exterior, provoca-se o enfraquecimento da aliança entre Governo e militares. Mesmo diante dessas dificuldades, os partidos conseguem manter a ordem através de suas lideranças, corroborando com eficácia no processo de tomadas de decisões.
É sabido que o segundo Governo de Vargas foi muito importante para o progresso do país, e que, ainda hoje, colhe-se frutos desse Governo, como é o caso da aprovação dos projetos da Petrobrás, do BNDE, entre outros. Essas instituições formam a mola propulsora do desenvolvimento econômico do nosso país, fonte de renda, que com certeza, sem as quais o Brasil estaria em difícil condição.
A personalização de Vargas no poder de 1930 a 1945 torna-o o segundo homem da historia brasileira a permanecer consecutivamente no poder por mais de uma década. Mesmo tendo deixado o poder devido às articulações opositoras, devido a uma crise de confiança entre partidos e governos, sobretudo com o veto final das Forças Amadas, Getúlio Vargas volta ao poder a partir de 1948, usando como “trunfo lisonjeiro o fato de nada ter reivindicado para si”, ou seja, que estava lutando por uma causa justa a benefício do povo. Portanto, com esse argumento “o legitimava junto às massas, que haviam ficado alijadas ou marginalizadas nesse debate.” Estrategicamente, Vargas não se prontificou a apoiar qualquer candidato, pois, corria o risco de esse nome ser fortemente aceito em consequência do seu. Ou, caso apoiasse, colocaria em cheque o seu prestigio correndo o risco de manchar seu nome caso o candidato não correspondesse aos anseios das massas que o apoiavam.
Sabiamente, utilizando-se do argumento de que não era dependente frente aos interesses políticos organizados, portanto, não sendo obrigado a favorecê-los politicamente.

“Apresentando-se dessa forma, coloca-se como defensor daqueles que, por suas condições precárias de vida, não conseguiram ainda fazer-se representar nem merecer a atenção, quer das agremiações políticas, quer do poder estabelecido. Com essa posição, apresenta-se como o futuro dirigente que, a partir de uma ação desvinculada das instituições político-partidárias e de grupos de pressão, irá governar para interesses não-organizados.” p. 96

            Em outras palavras, seu compromisso passa a ser diretamente com o povo e com a Nação, no sentido de recuperar a confianças das classes trabalhadoras, inclusive dos trabalhadores rurais, estendendo a esses, as mesmas vantagens dadas aos trabalhadores urbanos, alem, de também tentar recuperar o sindicalismo. Lembrando que foi no seu governo que os trabalhadores deixaram a condição de proscritos e passaram a ser considerados cidadãos. Em seu ver o trabalhismo era a única saída para os problemas sociais no Brasil. Portanto, com essa temática, ele recuperava a confiança das classes trabalhadoras oferecendo-o uma grande vantagem em relação aos demais candidatos.
            Evidentemente, essa postura de Vargas de afirmar sua “condição de independência frente a interesses políticos organizados” acabaria por provocar sérias conseqüências no exercício do poder. Porém, isso não era problema para Vargas, visto seu poder de desarmar adversários e sua capacidade de persuasão.
“Todo aquele que trabalha e produz, seja empresário ou simples operário, está contribuindo para elevar o padrão de vida da comunidade e ampliando as possibilidades de bem estar geral. A política trabalhista é contrária à luta de classes, porque na sociedade não há classes e sim homens com os mesmos deveres e as mesmas necessidades.” p. 99

                Para defender os direitos e as necessidades dos trabalhadores, Vargas defendia a participação dos mesmos em sindicatos. Porém, deixando claros as subordinações e os limites dos sindicatos perante o Estado. Nesse contexto, os sindicatos serviriam apenas como regulador em busca de harmonização de interesses entre empregados e empregadores evitando a radicalização de conflitos.
            Sabe-se que Getúlio Vargas ficou conhecido como o pai dos pobres devido sua preocupação em oferecer assistência social à população, melhores salários, qualidade de vida dos trabalhadores da cidade e do campo, através da conquista da casa própria, melhor alimentação, escola para seus filhos, hospitais e assistência médica, bem como pensões e reservas para os dias de velhice.
No campo do desenvolvimento econômico nacional, Vargas defendia a vinda de capitais estrangeiros para o Brasil, porém, contrário à entrega de nossos recursos naturais, de nossas reservas ao controle de companhia estrangeiras, era, portanto, contra a formação do capital monopolista. Como afirmou:
“[...] o que é imprescindível à defesa nacional, o que constitui alicerce da nossa soberania, não pode ser entregue a interesses estranhos; deve ser explorado por brasileiros com organizações predominantemente brasileira, e, se possível, com alta percentagem de participação do Estado, evitando-se desse modo a penetração sub-reptícia de monopólios ameaçadores.” p. 107

            Vergonhosamente, é o que não se ver hoje. Vemos nosso rico país sendo solapado por interesses de políticos que nada mais são do que meros aproveitadores e que só veem o próprio umbigo, entregando as fontes de nossas riquezas ao interesse de capitais estrangeiros, deixando, evidentemente, nosso país numa situação de dependência, sem haver necessidade para isso.
            Diante do avanço tecnológico, e, das descobertas feitas recentemente, como a exemplo do pré-sal, se houvesse mais representantes da nação com a preocupação e visão getulista, nosso país, com certeza, seria dentro em breve, uma das maiores potência econômica mundial. Mesmo diante de tanta corrupção – esse gene maldito deixado como herança para o povo brasileiro pelos europeus, nosso país é abençoado por Deus. Pois, ainda vem resistindo às investidas desses miseráveis corruptos. Quem sabe, se a cultura brasileira fosse semelhante a dos países orientais, punindo severamente esse tipo de comportamento, nosso país conseguisse se colocar no lugar que de fato merece o lugar de potência mundial e de orgulho de todo povo brasileiro. Visto tudo isso, a única esperança que nos resta, está nas mãos de nossos educadores, que pela orientação divina possa despertar em nossos manipulados jovens o interesse de libertação, pelo valor da ética e da moral, e, da mais absoluta certeza que o nosso tão rico e maravilho Brasil pode ser um lugar de felicidades para todos, e não somente para corruptos. Excluindo-se evidentemente, desse grupo, os poucos homens e mulheres de bem que alcançaram a felicidade com muita luta e sabedoria sem jamais ferir os princípios da decência, pessoas dignas de respeito, que contribuíram e contribuem para o crescimento do nosso país e felicidade também de muitos pais e mães de família. Aplique-se, portanto, as punições, àqueles que de fato merecem.